No século passado, a possibilidade de escassez de água era uma coisa que ninguém imaginava. Mas os anos foram se passando e a população mundial aumentando, mais indústrias, mais irrigação nas lavouras, gerando maior consumo e principalmente maior desperdício de água.
Segundo a ONU, cerca de 80 países, hoje enfrentam problemas de abastecimento, mais de um bilhão de pessoas não tem acesso a fontes de água de qualidade. Somente 3% da água do planeta é própria para o consumo, o que não é suficiente para toda população.
Para evitar a crise da água, serão necessários grandes investimentos em produção, tratamento, fornecimento de águas e tratamento de esgotos. Também teremos de evitar principalmente o desperdício, interromper os processos poluidores e criar novas maneiras de captação, controle e distribuição.
A população tem um papel de suma importância no processo de economia de água, evitando desperdício com pequenas mudanças no cotidiano em suas casas.
Ainda no Japão, toda água usada nos lava rápidos é reaproveitada, seguindo para um reservatório onde é feito a filtração e novamente utilizada.
Na maioria dos países já existe consenso a respeito da cobrança da água bruta – aquela que é captada sem tratamento, diretamente de rios, lagos ou represas. Há anos a França implantou essa política, cobrando a água bruta usada em irrigação, uso doméstico e industrial e, assim, tem minimizado seus problemas. O Japão cobra caro por toda a água tirada de seus reservatórios, tornando o reaproveitamento quase uma obrigação. Vale lembrar que na maioria dos países, inclusive no Brasil, paga-se pelo serviço de fornecimento da água, não pela água em si.
A idéia da cobrança já circula por aqui. O Fórum Nacional de Comitês de Bacias, que reuniu a população, instituições governamentais e não-governamentais, concluiu que está na hora de pensar na cobrança da água, de fiscalizar mais e punir com rigor os poluidores. Ficou estabelecido também que o dinheiro arrecadado com cobranças e multas deverá ser revertido em favor das bacias hidrográficas, focando investimentos na despoluição e na instalação de redes de esgotos.
Ana Eizabeth.
Nenhum comentário:
Postar um comentário