segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Crise da Água.


No século passado, a possibilidade de escassez de água era uma coisa que ninguém imaginava. Mas os anos foram se passando e a população mundial aumentando, mais indústrias, mais irrigação nas lavouras, gerando maior consumo e principalmente maior desperdício de água.
Segundo a ONU, cerca de 80 países, hoje enfrentam problemas de abastecimento, mais de um bilhão de pessoas não tem acesso a fontes de água de qualidade. Somente 3% da água do planeta é própria para o consumo, o que não é suficiente para toda população.
Para evitar a crise da água, serão necessários grandes investimentos em produção, tratamento, fornecimento de águas e tratamento de esgotos. Também teremos de evitar principalmente o desperdício, interromper os processos poluidores e criar novas maneiras de captação, controle e distribuição.
A população tem um papel de suma importância no processo de economia de água, evitando desperdício com pequenas mudanças no cotidiano em suas casas.
 

Vários países têm adotado programas de conscientização e medidas especificas para diminuir o desperdício de água. O Japão reutiliza cerca de 80% de toda água destinada a indústria. Nos condomínios, hotéis, hospitais, a água que vem dos chuveiros e banheiras segue por uma tubulação até chegar a um pequeno reservatório e assim reabastecer os vasos sanitários.
Ainda no Japão, toda água usada nos lava rápidos é reaproveitada, seguindo para um reservatório onde é feito a filtração e novamente utilizada.
Na maioria dos países já existe consenso a respeito da cobrança da água bruta – aquela que é captada sem tratamento, diretamente de rios, lagos ou represas. Há anos a França implantou essa política, cobrando a água bruta usada em irrigação, uso doméstico e industrial e, assim, tem minimizado seus problemas. O Japão cobra caro por toda a água tirada de seus reservatórios, tornando o reaproveitamento quase uma obrigação. Vale lembrar que na maioria dos países, inclusive no Brasil, paga-se pelo serviço de fornecimento da água, não pela água em si.
A idéia da cobrança já circula por aqui. O Fórum Nacional de Comitês de Bacias, que reuniu a população, instituições governamentais e não-governamentais, concluiu que está na hora de pensar na cobrança da água, de fiscalizar mais e punir com rigor os poluidores. Ficou estabelecido também que o dinheiro arrecadado com cobranças e multas deverá ser revertido em favor das bacias hidrográficas, focando investimentos na despoluição e na instalação de redes de esgotos.



                                             Ana Eizabeth.

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